Não é sobre monstros . Nem sobre o criativo e rebelde garoto Max. O diretor do filme diz que é sobre a infância. Pra mim ele foi além disso, revelou aspectos escondidos do ser humano . Porém considerando que nem sempre nossa maturidade condiz com nossa idade, ele deve ter acertado no que disse.
Conta a história de Max. Ele é um menino com uma imaginação muito fértil. É rebelde, é malcriado. Anda se sentindo só pois a irmã agora é adolescente e não quer brincar com ele . Certa noite, vestido de lobo e enciumado por conta de um amigo de sua mãe, em um ataque de fúria a morde, e é deixado de castigo. Então cria seu mundinho e foge para lá: uma floresta cheia de monstros!
Ao criar esse universo, revela a vontade, que muitas vezes nos surge de fugir para outro lugar, onde não haja aquela situação problema ou pessoas. Mais tarde, assim como no filme, o que se percebe é que nada mudará, se você continuar a mesma pessoa.
Assim que chega, Max diz ter super poderes ( também para se defender de ser engolido) e os monstros o nomeiam rei. A partir dali, começa a criar brincadeiras e leis para entreter os habitantes, nos dando oportunidade de diversas lições e analogias.
Os monstros de Max são parecidos com os de qualquer um. Medo, ego, fúria, criatividade, e até mesmo algum monstro que nos é alheio, no caso de Max é o sentimento materno.
A verdade é que além de aprender a dominar os monstros internos, também é interessante aprender a conviver com eles e até respeitá-los. Pois fazem parte da nossa natureza, e são necessários para nosso crescimento.
O filme tem uma pegada bem diferentona. Parece um filme independente feito por um grande estúdio. As cores e trilha sonora nos leva ao lugar de solidão e confusão da personagem. Você vai rir em algumas partes do filme, e refletir sobre quase todas as outras.
beijos!