Gitana

março 25, 2015

O manancial cobriu nossos pés em tom maior. Música tão alta que até o silencio virou nota tocada por rapazes rebeldes. Fechada a porta e frio de dever cumprido. Dever longo, eterno. Gosto de vinho, que parece ter colorido meus lábios de embriaguez pra sempre.





São vidas tão granuladas que se encontram e depois querem algo mais, e nos atingem feito raios pulsantes e rápidos. Inconsciência. E temos tanto medo do novo, mas quando arriscamos, descobrimos que o desconhecido é o melhor lugar para se estar. O que será suficiente para nunca mais sentir falta de si?

Um momento sonolento e embriagado, e meu espírito fala com voz viva e abraço azul. Me sinto em outro universo, quero ver Deus e usar jeans. Eu não quero mais essas coisas padronizadas. Eu quero que minha alma evolua e minha existência seja sinônimo de amor e fortaleza. De algo que nasceu para ser grande, mas simples, acessível, do bem. Não somos daqui. Só querem que a gente apenda a lição. Algo fica pra trás.

Algo nos une e nos interrompe. Minhas mãos formigam. Meus joelhos necessitam doer de novo. Mudar as linhas das minhas digitais. Os traços do destino na minha mão direita. Rasgar o livro que dediquei a pessoa errada. Eu busco a pulsação divina batendo no meu peito. Uma entrega que faça eu me perder de quem penso que sou, e não me preocupar com um reencontro. E também que.

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