Quem sabe

maio 11, 2018

Fico com receio de parecer meio triste por esses dias, logo eu que penduro os quadros pela casa com os meu sorrisos sem motivos.


Fico com medo de ficarem meio preocupados, será que devemos perguntar se algo está acontecendo? Mas obviamente isso não soa tão grave quanto penso. Não é tão urgente quanto em poucos segundos da semana, soa para mim.
Tristeza é uma coisa relativamente fácil de curar. Um banho quente, ou de sol, ou um foda-se já é meio caminho andado ( acredite). Mas o meu problema atualmente, é que como disse Caio outro dia: Sofro de lonjuras.

A vida é excelente comigo, honestamente, não tenho do que reclamar. Toda vez que meus sonhos estão prestes a se tornarem maquiagem retirada num pedaço de algodão sobre a penteadeira, o amor me surge e me leva para meu local de origem. 

Porém, e sempre tem um porém, o mês de maio pintou meus olhos de amarelo e doloriu a minha voz. Esforçam-se, mas a minha corda arrebentou como um cordão umbilical, eu sou do mundo, moço, e minha cidade é um mundinho pequeno, fechado e igual. 

Deslizei sobre as ondas do asfalto, eles me chamam de aluada, e eu sou solar, sou de Marte, sou azul e respirável. 

E um dia eu me mudo, quem sabe.
Um dia eu volto, quem sabe. 

Instagram : @eulilorodrigues

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