Singular

setembro 18, 2017


   Singular.

  A batida da música começou como se nos transportasse sem nossa permissão. É que dói falar sobre isso : como foi fácil para mim dizer adeus. Você ficaria de qualquer forma, mas eu fui egoísta - só pensei em você. Era o melhor, e há tempos não pensava em algo além do seu sorriso e covinhas.

  As saias coloridas rodadas. As mãos sobre as sobrancelhas para tapar o sol que queria um pouco do brilho dos nossos olhos. Sempre fomos do tipo que não segue os passos, porque a música sempre cantou mais alto do que qualquer voz de comando. Caíamos e ríamos da gravidade. Os anjos nos diziam que éramos os escolhidos. Sentíamos isso de forma especial, como se o mundo parasse para a gente girar um pouco.

  Você sabe. Somos apenas dois seres humanos com brilho nos olhos tentando cumprir uma missão. Mas o que há em elo, estremecia algo dentro dos olhos deles, e eu nunca entendi o motivo. Você dizia de forma engraçada que a estrada era em frente. Eu nunca mais voltei.

 A pele iluminou o mar. Sorrimos e os monstros de acalmaram. Aquele silêncio que não posso comentar. O que foi dito e não esquecido. É segredo, é assuntou alheio. Até mais, até logo ( nem sei, nem é).

 E eu sinto o singular como se do tamanho de plural.


                                                       


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